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Pilgrim’s defende ganhos com a transação

O CEO da Pilgrim’s Pride, Bill Lovette, afirmou, em teleconferência com analistas, que apesar de ter a JBS como principal acionista a companhia americana conta com governança e balanço próprios e defendeu os ganhos estratégicos proporcionados pela aquisição da irlandesa Moy Park.

Questionada sobre o fato de não ter demonstrado interesse pela Moy Park em 2015, quando a empresa foi vendida pela Marfrig para a JBS, a diretoria da Pilgrim’s alegou que não teve tempo para tal, já que a transação entre as companhias brasileiras foi muito rápida.

Em junho daquele ano, a JBS anunciou a compra da irlandesa por US$ 1,2 bilhão, mais dívidas de cerca de US$ 300 milhões. A mudança de controle foi concluída três meses depois.

O presidente da Pilgrim’s destacou a expansão geográfica da companhia como uma das principais vantagens da aquisição, uma vez que a Moy Park garante acesso a varejistas e redes de alimentação presentes no Reino Unido e em alguns países da Europa continental.

As sinergias anuais esperadas com o negócio são de US$ 50 milhões em dois anos, e envolvem principalmente redução de despesas gerais e administrativas.

“Fizemos auditoria e as sinergias identificadas pela JBS não são exatamente as mesmas que as nossas. Usamos a mesma metodologia presente nas integrações de outras operações”, afirmou Lovette.

A administração também não vê necessidade de aprovação da Justiça brasileira em razão dos problemas dos donos da J&F, holding que controla a JBS. Depois que o negócio foi anunciado – e de a agência de crédito S&P ter mantido os ratings de crédito da JBS SA e da JBS USA -, o juiz Vallisney de Souza, da 10a Vara Federal de Brasília,
suspendeu a homologação do acordo de leniência entre J&F e Procuradoria da República no Distrito Federal.

O negócio anunciado ontem também não precisará do aval de autoridades regulatórias europeias,

Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.