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CEO da Agropecuária Jacarezinho quer tornar a empresa no maior projeto de produção de touros do País

Hill não poderia ficar fora do negócio porque ele sempre foi o coração do projeto de pecuária de Grendene, desde o seu início em 1991. Em duas décadas, Hill transformou a Jacarezinho em referência no melhoramento genético da raça nelore.

Por isso, aos 64 anos, desacelerar o ritmo ou pensar em aposentadoria não faz parte da agenda de Hill, CEO das empresas rurais de Molina. Além da Bahia, as propriedades estão localizadas nos Estados de São Paulo e Mato Grosso, totalizando 125 mil hectares, um rebanho de 150 mil bovinos e 300 funcionários.

Hill quer dobrar a atual produção anual de touros, com a meta de colocar no mercado quatro mil animais, coletar 600 mil doses de sêmen e gerar 20 mil embriões. Hoje, a Agropecuária Jacarezinho vende 1,6 mil touros por ano, 350 mil doses de sêmen e cinco mil embriões. Em 2016, a receita foi de R$ 300 milhões.

Com Molina, sua agenda imediata de trabalho está pautada para os próximos cinco anos. Com a família Vestey, por exemplo, Hill estruturou o maior projeto de produção de animais vendidos com Certificado Especial de Identificação e Produção (Ceip). Emitido pelo Minis­té­rio da Agricultura, o Ceip assegura a procedência, a produtividade e o potencial genético de um animal. A fazenda, que começou com 160 bovinos nas suas mãos, chegou a 11 mil animais, faturando R$ 11 milhões por ano com a venda de touros.

No gado de leite, Hill im­­plan­­tou um sistema produtivo que culminou em uma produção de cerca de 20 mil litros por dia. “Fiz a propriedade sair do zero, praticamente”, diz ele. Foi exatamente essa entrega que levou Grendene a contratá-lo. Com Hill, a Jacarezinho se tornou a segunda maior vendedora de touros com CEIP do País, além de se embrenhar em pesquisas genômicas em gado de corte.

Mas a rotina de Hill também acontece fora das quatro paredes de seu escritório na capital paulista, de onde comanda os negócios, ou em viagens pelas fazendas. O executivo sempre encontrou na agenda tempo para outras atividades.

Ele, por exemplo, é um dos diretores executivos e já foi presidente da Conexão Delta Gen, programa de melhoramento genético que reúne cerca de 50 rebanhos nelore em nove Estados, onde estão 300 mil animais na base de seleção.

É diretor também da câmara de pecuária na Sociedade Rural Brasileira desde 2009, além de participar de vários conselhos, entre eles o da Nuffield Trust Brasil que fomenta pesquisa no exterior, para jovens profissionais do agronegócio.

“Decidi ser brasileiro porque achei muito dinâmica a área de pecuária e de agricultura”, afirma Hill. “Vim, porque percebi que o País tinha um potencial muito grande.” A mais recente missão de Hill começou em abril deste ano, quando foi eleito conselheiro do Marfrig Foods, grupo que faturou R$ 10 bilhões em 2016.

Fonte: Dinheiro Rural, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.